Essa não é uma carta de despedida. (Reunião Geral do dia 01/12)

  Retornamos ao projeto saudosos, ansiosos, cheios de expectativas e, (nesse ponto, eu falo por mim), apreensiva. Sim, apreensiva. Eu estava feliz, com uma pequena sensação de uma possível (assim eu espero) vitória. Mas, apreensiva porque, de alguma maneira, eu tinha medo de que não conseguíssemos prosseguir do ponto em que paramos. Antes de toda aquela situação desagradável que expressei em publicações anteriores, estávamos realizando uma gincana e tudo estava indo muito bem. E, apesar de ter conversado com a turma e de eles entenderem perfeitamente todo o contexto, eu tive esse pequeno medo que depois percebi ser uma bobagem. 

No nosso retorno, ficamos sabendo que ficaremos sem duas das nossas três supervisoras. Por motivos maiores, a professora Mércia e a professora Socorro não continuarão conosco no projeto e, consequentemente, as turmas que elas lecionam, também não. Foi uma notícia triste. A Socorro agiu com carinho e trouxe leveza para nós em todo o percurso. É, realmente, muito difícil se despedir de uma supervisora assim. Acredito que o subgrupo da Mércia também esteja sentindo o mesmo. Além disso, a turma da professora Socorro também foi uma turma maravilhosa conosco. Eu criei um afeto pelos alunos, especialmente, depois da gincana e da monitoria. Me aproximei de alguns deles e pude, pelo menos um pouquinho, conhecê-los. Eu vi muito de mim naquelas pessoas. Vi o medo, o interesse, a indecisão, o empenho, a procrastinação. Me vi sendo aluna na posição de aluna e me vi sendo aluna na posição de futura professora. E eu estava ali ensinando, porque também estava ali aprendendo muito mais. E, por isso, essa não é uma carta de despedida. Não é um adeus e jamais será. A brandura, o otimismo e a gentileza da professora Socorro estarão em minha bagagem, assim como, tudo o que eu compreendi sobre docência e discência com as turmas de nonos anos da Escola Estadual Doutor Fernandes Lima. 

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